Obaluayê - Orixá da Cura, da Sabedoria, da Transmutação e da Evolução
Sincretismo: São Lázaro, São Brás e São Roque.
Seus dias de homenagem são: 03 de Fevereiro, 16 de Agosto e 17 de Dezembro.
Saudação: “Atotô Ajuberú” quer dizer: Silêncio, escutai, hora da devoção.
Cor: preto e branco para Obaluayê; preto, vermelho e branco para Omulu; preto e vermelho para Xapanã.
Seus Símbolos e Instrumentos: Leguidibá, Xaxará e Brajá de búzios. Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como “varre” as doenças, impurezas e males sobrenaturais. Esta representação nos mostra sua ligação com a terra, o tronco e o ramo das árvores, transporta assim o Asé (axé) preto, vermelho e branco. Está relacionado com o axé preto (terra), contido no segredo do “ventre fecundado” e com os espíritos contidos na terra.
Elementos: Terra e água.
Pontos de Força: cemitério “calunga pequena”, mar “calunga grande” e caverna.
Em suas oferendas: pipoca feita na areia com fatias de coco regada com mel, água mineral ou vinho tinto, flores e vela brancas.
Flores: Cravos e crisântemos brancos ou lilás.
Algumas ervas: Folha de Omulu (canela de cachorro), pariparoba, mamona, cambará, etc.
Banhos: com sabão da costa e ervas como colônia, saião e manjericão.
Suas contas: para Obaluayê: o preto e branco; Omolu: o vermelho, preto e branco; para Xapanã, o preto e vermelho. Faz muito uso dos cauris (búzios) em seu brajá (colar de búzios) e nos paramentos.
Obaluayê: Obá - ilu; aiye; Rei, dono, senhor; da vida; na terra “Rei dono da Terra”;
Omolu: Omo-ilu; Rei, dono, senhor; da vida “Filho do Senhor”.
Quando se fala em Orixá Obaluayê e Omulu, algumas dúvidas surgem, e uma delas é: Obaluayê e Omulu são os mesmos Orixás? A explicação é simples: quando os negros vieram da África para o Brasil, como escravos, trouxeram centenas de Orixás (dizem que o número era em torno de 300 a 400), com esse grande número de Divindades percebe-se que alguns atuam no mesmo elemento e com a mesma qualidade, portanto começaram a ser cultuados unidos como se fosse um só, como exemplo encontramos Oxalá e Obatalá, Oxossi e Ossain, e muitos outros, fato que também aconteceu com Obaluayê e Omulu. Portanto, encontramos alguns Terreiros onde esses dois orixás são cultuados como sendo o mesmo, mas em outros, são cultuados como sendo Orixás diferentes.
Este Orixá tem muita força e se desdobra em duas vibrações o Obaluayê (velho), chamado de Omulu que representa o sábio, o feiticeiro, guardião, no qual seu elemento é a Terra seca e seu habitat é tudo que está abaixo da terra do cemitério e o Obaluayê (novo) que representa o guerreiro, o caçador, o lutador, cujo seu elemento é a Terra úmida e sua vibração está em tudo que está acima da terra do cemitério. Apesar de falarmos em cemitério isso não quer dizer que esse Orixá seja a morte, Ele “simplesmente” é o Orixá da terra, onde também é chamado de “Rei da Terra”. A Terra é elemento vital para a vida humana de onde se tira a subsistência, é através dela também que se transforma tudo de ruim em elemento fértil, portanto a qualidade TRANSMUTADORA e a essência EVOLUCIONISTA pertencem aos atributos de Obaluayê, além de ser o Orixá da cura, onde a ele é creditado o nome de “Médico dos Pobres”.
Obaluayê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro. É a Ele que clamamos quando nos sentimos estagnados ou em sofrimento (na dor física, mental, emocional ou espiritual). É a Ele que pedimos ajuda para evoluirmos em espírito ou para sairmos de um nível de entendimento para a sabedoria espiritual.
Muitos associam o divino Obaluayê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluayê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa. Portanto, Obaluayê (Omulu) não é o Orixá da doença e nem é a peste, pois é Ele quem nos cura dos males, é Ele que nos ajuda na Evolução, na Transformação e nas Passagens, sendo assim, devemos respeitá-lo, amá-lo e venerá-lo como realmente deve ser.
SINCRETISMO: São Lázaro
Comemorado no dia 17 de dezembro
A história de São Lázaro na Igreja Católica aparece contada no Evangelho de São Lucas. Segundo a parábola, Lázaro é um pobre, cheio de feridas e caído à porta de um rico. Por causa da pobreza ele vive na solidão e no abandono. A pobreza e a doença obrigam-no a mendigar na porta do homem rico.
Só que o portão e o coração deste estão fechados. Na história, o rico organiza banquetes suntuosos todos os dias. Era insensível ao sofrimento de Lázaro. Não percebia no faminto e no mendigo a presença e a imagem de Deus. Tiveram vidas diferentes e mundos distantes, até que veio a morte e os igualou. A parábola conta que após a morte, as posições se inverteram e Lázaro entrou no “reino dos Céus”.
Durante a vida de mendicância de São Lázaro, os únicos que lhe fazem companhia são os cachorros. Por este motivo, a imagem do santo tem os cachorros aos seus pés.
Em alguns locais do país, há a tradição de oferecer comida aos cachorros em homenagem a São Lázaro. É promessa que se cumpre, rigorosamente, quando o santo atende às súplicas.
São Lázaro é o padroeiro principal da igreja do mesmo nome, mas, há muitos anos, os devotos escolheram como segundo padroeiro São Roque, o missionário dos excluídos e doentes. Por isso, em 1993, foi colocada, no altar lateral, uma bonita imagem de madeira simbolizando o santo.
SINCRETISMO: São Roque
Comemorado no dia 16 de agosto
Protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões. É também considerado por algumas comunidades católicas como protetor do gado contra doenças contagiosas.
Diz a lenda que Roque teria nascido com um sinal em forma de cruz avermelhada na pele do peito, o que o predestinaria à santidade. Parte em peregrinação à Roma. No decorrer da viagem, ao chegar à cidade de Acquapendente, encontrou-a assediada pela peste. De imediato ofereceu-se como voluntário na assistência aos doentes, operando as primeiras curas milagrosas, usando apenas um escalpelo e o sinal da cruz. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando os doentes, até que ele próprio foi contagiado pela doença. Para não contagiar alguém, isolou-se na floresta próxima daquela cidade, onde, diz a lenda, teria morrido de fome se um cão sem dono não lhe trouxesse diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água com a qual matava a sede. Miraculosamente curado, regressou a Montpellier, mas logo foi preso e levado diante do governador, que alguns biógrafos afirmam seria um seu tio materno, que declarou não o conhecer. Roque foi considerado um espião e passou alguns anos numa prisão até morrer, abandonado e esquecido por todos, só sendo reconhecido depois de morto, pela cruz que tinha marcada no peito.
CARACTERISTICAS DOS FILHOS DE OBALUAYÊ
São pessoas que ocultam sua individualidade sob uma máscara de austeridade.
Têm muita dificuldade em se relacionar, pois são muito fechados e de pouca conversa, a solidão é muito peculiar a essas pessoas.Apresentam pouco brilho em seu rosto e um semblante sério, com raros momentos de descontração. Parece que eles carregam, sobre os ombros, todo o sofrimento do mundo. Adoram fazer caridade e aliviar o sofrimento das pessoas. Mas não se sentem satisfeitos quando a vida corre normalmente, precisam mostrar seu sofrimento, exagerando, muitas vezes, nesse tipo de comportamento.
Geralmente apaixonam-se por pessoas totalmente diferentes de si próprias, isto é, por figuras extrovertidas e sensuais. Os filhos de Obaluayê são irônicos, secos e diretos. Não são pessoas de levar desaforos para casa e nem de falar pelas costas. Odeiam fofocas e vulgaridades do gênero. São pessoas firmes e decididas, que lutam para conseguir seus objetivos.
Os filhos de Obaluayê têm muita afinidade com profissões ligadas à área médica e geralmente, não sentem medo da morte, pois, no fundo de seu ser, compreendem que ela é apenas uma renovação.
Sincretismo: São Lázaro, São Brás e São Roque.
Seus dias de homenagem são: 03 de Fevereiro, 16 de Agosto e 17 de Dezembro.
Saudação: “Atotô Ajuberú” quer dizer: Silêncio, escutai, hora da devoção.
Cor: preto e branco para Obaluayê; preto, vermelho e branco para Omulu; preto e vermelho para Xapanã.
Seus Símbolos e Instrumentos: Leguidibá, Xaxará e Brajá de búzios. Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como “varre” as doenças, impurezas e males sobrenaturais. Esta representação nos mostra sua ligação com a terra, o tronco e o ramo das árvores, transporta assim o Asé (axé) preto, vermelho e branco. Está relacionado com o axé preto (terra), contido no segredo do “ventre fecundado” e com os espíritos contidos na terra.
Elementos: Terra e água.
Pontos de Força: cemitério “calunga pequena”, mar “calunga grande” e caverna.
Em suas oferendas: pipoca feita na areia com fatias de coco regada com mel, água mineral ou vinho tinto, flores e vela brancas.
Flores: Cravos e crisântemos brancos ou lilás.
Algumas ervas: Folha de Omulu (canela de cachorro), pariparoba, mamona, cambará, etc.
Banhos: com sabão da costa e ervas como colônia, saião e manjericão.
Suas contas: para Obaluayê: o preto e branco; Omolu: o vermelho, preto e branco; para Xapanã, o preto e vermelho. Faz muito uso dos cauris (búzios) em seu brajá (colar de búzios) e nos paramentos.
Obaluayê: Obá - ilu; aiye; Rei, dono, senhor; da vida; na terra “Rei dono da Terra”;
Omolu: Omo-ilu; Rei, dono, senhor; da vida “Filho do Senhor”.
Quando se fala em Orixá Obaluayê e Omulu, algumas dúvidas surgem, e uma delas é: Obaluayê e Omulu são os mesmos Orixás? A explicação é simples: quando os negros vieram da África para o Brasil, como escravos, trouxeram centenas de Orixás (dizem que o número era em torno de 300 a 400), com esse grande número de Divindades percebe-se que alguns atuam no mesmo elemento e com a mesma qualidade, portanto começaram a ser cultuados unidos como se fosse um só, como exemplo encontramos Oxalá e Obatalá, Oxossi e Ossain, e muitos outros, fato que também aconteceu com Obaluayê e Omulu. Portanto, encontramos alguns Terreiros onde esses dois orixás são cultuados como sendo o mesmo, mas em outros, são cultuados como sendo Orixás diferentes.
Este Orixá tem muita força e se desdobra em duas vibrações o Obaluayê (velho), chamado de Omulu que representa o sábio, o feiticeiro, guardião, no qual seu elemento é a Terra seca e seu habitat é tudo que está abaixo da terra do cemitério e o Obaluayê (novo) que representa o guerreiro, o caçador, o lutador, cujo seu elemento é a Terra úmida e sua vibração está em tudo que está acima da terra do cemitério. Apesar de falarmos em cemitério isso não quer dizer que esse Orixá seja a morte, Ele “simplesmente” é o Orixá da terra, onde também é chamado de “Rei da Terra”. A Terra é elemento vital para a vida humana de onde se tira a subsistência, é através dela também que se transforma tudo de ruim em elemento fértil, portanto a qualidade TRANSMUTADORA e a essência EVOLUCIONISTA pertencem aos atributos de Obaluayê, além de ser o Orixá da cura, onde a ele é creditado o nome de “Médico dos Pobres”.
Obaluayê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro. É a Ele que clamamos quando nos sentimos estagnados ou em sofrimento (na dor física, mental, emocional ou espiritual). É a Ele que pedimos ajuda para evoluirmos em espírito ou para sairmos de um nível de entendimento para a sabedoria espiritual.
Muitos associam o divino Obaluayê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluayê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa. Portanto, Obaluayê (Omulu) não é o Orixá da doença e nem é a peste, pois é Ele quem nos cura dos males, é Ele que nos ajuda na Evolução, na Transformação e nas Passagens, sendo assim, devemos respeitá-lo, amá-lo e venerá-lo como realmente deve ser.
SINCRETISMO: São Lázaro
Comemorado no dia 17 de dezembro
A história de São Lázaro na Igreja Católica aparece contada no Evangelho de São Lucas. Segundo a parábola, Lázaro é um pobre, cheio de feridas e caído à porta de um rico. Por causa da pobreza ele vive na solidão e no abandono. A pobreza e a doença obrigam-no a mendigar na porta do homem rico.
Só que o portão e o coração deste estão fechados. Na história, o rico organiza banquetes suntuosos todos os dias. Era insensível ao sofrimento de Lázaro. Não percebia no faminto e no mendigo a presença e a imagem de Deus. Tiveram vidas diferentes e mundos distantes, até que veio a morte e os igualou. A parábola conta que após a morte, as posições se inverteram e Lázaro entrou no “reino dos Céus”.
Durante a vida de mendicância de São Lázaro, os únicos que lhe fazem companhia são os cachorros. Por este motivo, a imagem do santo tem os cachorros aos seus pés.
Em alguns locais do país, há a tradição de oferecer comida aos cachorros em homenagem a São Lázaro. É promessa que se cumpre, rigorosamente, quando o santo atende às súplicas.
São Lázaro é o padroeiro principal da igreja do mesmo nome, mas, há muitos anos, os devotos escolheram como segundo padroeiro São Roque, o missionário dos excluídos e doentes. Por isso, em 1993, foi colocada, no altar lateral, uma bonita imagem de madeira simbolizando o santo.
SINCRETISMO: São Roque
Comemorado no dia 16 de agosto
Protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões. É também considerado por algumas comunidades católicas como protetor do gado contra doenças contagiosas.
Diz a lenda que Roque teria nascido com um sinal em forma de cruz avermelhada na pele do peito, o que o predestinaria à santidade. Parte em peregrinação à Roma. No decorrer da viagem, ao chegar à cidade de Acquapendente, encontrou-a assediada pela peste. De imediato ofereceu-se como voluntário na assistência aos doentes, operando as primeiras curas milagrosas, usando apenas um escalpelo e o sinal da cruz. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando os doentes, até que ele próprio foi contagiado pela doença. Para não contagiar alguém, isolou-se na floresta próxima daquela cidade, onde, diz a lenda, teria morrido de fome se um cão sem dono não lhe trouxesse diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água com a qual matava a sede. Miraculosamente curado, regressou a Montpellier, mas logo foi preso e levado diante do governador, que alguns biógrafos afirmam seria um seu tio materno, que declarou não o conhecer. Roque foi considerado um espião e passou alguns anos numa prisão até morrer, abandonado e esquecido por todos, só sendo reconhecido depois de morto, pela cruz que tinha marcada no peito.
CARACTERISTICAS DOS FILHOS DE OBALUAYÊ
São pessoas que ocultam sua individualidade sob uma máscara de austeridade.
Têm muita dificuldade em se relacionar, pois são muito fechados e de pouca conversa, a solidão é muito peculiar a essas pessoas.Apresentam pouco brilho em seu rosto e um semblante sério, com raros momentos de descontração. Parece que eles carregam, sobre os ombros, todo o sofrimento do mundo. Adoram fazer caridade e aliviar o sofrimento das pessoas. Mas não se sentem satisfeitos quando a vida corre normalmente, precisam mostrar seu sofrimento, exagerando, muitas vezes, nesse tipo de comportamento.
Geralmente apaixonam-se por pessoas totalmente diferentes de si próprias, isto é, por figuras extrovertidas e sensuais. Os filhos de Obaluayê são irônicos, secos e diretos. Não são pessoas de levar desaforos para casa e nem de falar pelas costas. Odeiam fofocas e vulgaridades do gênero. São pessoas firmes e decididas, que lutam para conseguir seus objetivos.
Os filhos de Obaluayê têm muita afinidade com profissões ligadas à área médica e geralmente, não sentem medo da morte, pois, no fundo de seu ser, compreendem que ela é apenas uma renovação.
4 comentários:
muito bem ascarecendora a sua tersse sobre a lenda do senhor da tera
Bom dia,tenho enorme devoção e respeito por esse orixa,atoto
Meu nome Eliane da Silva,tenho imenso respeito e carinho por esse orixa,que meu pai me cure do câncer de intestino e de qualquer outro lugar que vier aparecer,atoto
Eu Solange sou muito grata ah meus povos sou muito grata por tudo atotô meu pai Obaluaê 🙌🙏
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